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sábado, 23 de abril de 2011

Deby [cap.1]


Era uma, duas, três, mil vezes...uma menina chamada Débora Brasil. Não, não é a ex-morena do Tchan, era uma menina de classe média-baixa nascida em uma cidade de pequeno porte. A história se passa em 1994.


Débora não tinha lá muitos atrativos físicos: ela não tinha peito nem bunda, era magra e alta, os cabelos negros eram grossos e muito lisos. Tinha a pele morena-clara, os olhos verdes, muito bonitos. As feições de seu rosto eram medianas.


Aos quatorze anos, apesar de ser relativamente alta(cerca de 1,68m), não enganava muito. Débora era animada, extrovertida, muito bem-educada. Na pequena Pirilópolis do Sul, ela vivia com sua mãe, seu pai e sua irmã mais velha, Claudina.


Débora estava ansiosa para a Copa do Mundo. Queria acompanhar todos os jogos junto de suas amigas. 


As amigas, principalmente Eloá, sua melhor amiga, eram normais; nem tão certinhas, nem tão "radicais", como diziam naquela época. Costumavam jogar Banco Imobiliário na casa de Helen, principalmente nos dias de chuva.


Além de Eloá e Helen, Deby(seu apelido) tinha mais duas amigas: Júlia e Eulália(essa última detestava o próprio nome e preferia ser chamada de Lala). Entre tardes de jogo e voltas de bicicleta, as meninas fofocavam e conversavam.


Deby tinha muitos amigos do sexo masculino, nunca era tímida para falar com eles.


Porém, ela era apaixonada por Apoleôncio Cristiano Bartolomeu Epaminondas Deusdedith Salgado Arantes da Costa e Silva Médici Rosemberg Garrastazu Goulart Vargas Brás Fonseca Peixoto Quadros Kubitschek Rodrigues Alves Passaquarto Terêncio Griffith-Joyner Braga Japiassú Sarney Collor Melo Cardoso Franco Souza Roosevelt e Pêssego, carinhosamente apelidado de Popô. Ele era filho do homem e da mulher mais ricos da cidade. Sua mãe era dona de uma fábrica de tecidos e seu pai era dono de uma fábrica de bidês.

Ela morria de medo de não ser notada por Popô. Pior!, ela tinha medo do Popô não gostar dela.


Apoleôncio abcdefghijklmnopqrstuvwxyz, apesar de ser milionário, era muito bondoso e não dava a mínima pra dinheiro. Quando fosse adulto, gostaria de ser ator e adotar o nome artístico de Popô Goulart. 


No dia 11/5, véspera do aniversário de Deby, as cinco garotas estavam reunidas no corredor da escola, às 6:45 da manhã, esperando a aula começar. 
- Saco, não aguento mais aula - disse Júlia, sempre impaciente - qualquer dia desses eu explodo de tanta aula, cruz-credo.
- Se eu pudesse, eu matava aula todo dia pra ficar na padaria tomando café - desabafou Helen.
- É, mas se a gente faltar aula a gente se ferra - comentou Eloá, emburrada - podia ter menos aula e menos dever...O que tu acha, Deby?
- Eu acho que nunca devia ter aula.


De repente, Lala, que até o momento estava quieta, abriu um sorriso radiante:
- Tive uma ideia.


***O que será que Lala pensou? Merda? Aguardem o próximo capítulo amanhã. 

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