Páginas

domingo, 10 de março de 2013

PLANTÃO


ATENÇÃO POBRES:
 Deus criou o homem, o homem criou Nero, e Nero criou a DANÇA DA MANIVELAAAA

Manivelas à parte, vos comunico que este blog horrorível vai mudar de nome por um tempinho. Não será mais o "Purdimais", e, sim, "Super Hipócrita".
Eu sei, o nome vai continuar uma bosta, mas é que Ibeji me deu uma luz agora e eu resolvi mudar o nome por fogo no rabo.

Beijos no cangote,
Bebel M.

As desvantagens de ser invisível (Desabafo nº5)


A criança faz um post horrível de tempos em tempos, e quando volta, faz um post de desabafo? Ai, gente, não entendo como vocês não me agrediram na rua até hoje.

Bom, o título do post vai ser coerente com o conteúdo do mesmo (pensa num milagre).

Às vezes, me sinto completamente invisível. Parece que eu não faço diferença em nada, sabe?
Não tenho um cabelo sensacional, não tenho corpo de panicat, não sou alta, não tenho um rosto delicadinho, não compro roupa todo fim de semana, nem posso ir em chopadas e festas que todo mundo vai.
Tudo bem, até esse ponto, sou apenas frustrada.

Para uma pessoa que gosta de chamar atenção, isso seria um pesadelo. O problema é que eu sou uma pessoa desse jeito (sou, não nego, reclamo enquanto puder).
Você deve estar pensando: "Ah, então começa a chamar atenção pela personalidade". Outro problema: não tenho uma personalidade. Bom, tenho, porém ela é instável e desinteressante.
Até nesse ponto, podemos concluir que sou frustrada e sem sal.

E então, você acha que eu deveria chamar atenção por meio das minhas notas sen-sa-cio-nais. Nem rola! Se você , leitor(a), olhar o meu histórico escolar, vai ter uma espécie de azia por conta de ver tantas notas abaixo da média obtidas ao longo dos últimos 5 anos.
Agora, concluímos que sou frustrada, sem sal e irresponsável. Tipo um zero à esquerda? Talvez.

E agora eu estou fazendo você achar que a bicha que vos escreve adora se fazer de coitada. Parece, mas eu não gosto disso.
90% das meninas da minha idade saem lindíssimas para chopadas, festas, shows, sociais e eventos do gênero. Eu poderia ficar pendurada no Facebook criticando e compartilhando postagens do tipo "outras meninas {foto de maquiagem}; eu {foto de pizza, videogame, anime, etc}" por horas a fio, mas não - sou chata, mas não a esse ponto. Prefiro ser honesta comigo mesma e pensar: "que bom que as meninas têm saído e se divertido, eu deveria arriscar e fazer a mesma coisa!"
Arriscar. Taí uma palavra difícil de aparecer na minha vida.

Tenho medo de arriscar em qualquer quesito da vida. Sou medrosa de verde e amarelo. Medo de arrsicar a sair para uma chopada, levando uma id falsa, e ser pega. Medo de falar ao telefone (sério!). Medo de insetos. Medo de desagradar as pessoas. Medo de não ter uma personalidade legal e agradável. Medo do escuro. Medo de trovões. Medo de apaixonar. Medo de sair e ficar boiando. Medo de me parecer com quem eu não suporto. Medo de ser acusada de imitar alguém. Medo de viver.

Não sou depressiva - longe disso - e tenho medo de que vocês achem isso de mim. Eu sou apenas insegura, muito insegura. Muito chata e meio quieta, também.

Meu maior medo é não ter assunto! Ironicamente, esse é o temor que mais se realiza. Tentando contornar isso, de vez em quando posso parecer louca de puxar um assunto TOTALMENTE ALEATÓRIO, tipo falar sobre a origem do plástico do copo com água que repousa sobre a cômoda do meu quarto neste exato momento, ao lado da matryoshka vermelha e dos remédios de nariz.
Nossa, que parágrafo floreado. A água condensada nas paredes externas do copo está começando a escorrer e manchar o móvel.

Voltando ao drama central, eu sou invisível. Não sou protagonista, muito menos antagonista: sou uma figurante que sonha ter 14 segundos de atenção (porque "15 segundos de fama" não é tão inovador, mas é equivalente).

As desvantagens de ser invisível são inúmeras. Não vão lembrar de você tão facilmente - pode testar: nenhum colega ou professor teu que já te deu aula/estudou com você nos últimos 2 anos e parou há alguns meses vai lembrar o teu nome. Pisarão sem querer em você na rua ou no corredor da escola todos os dias. Não olharão para você em nenhuma festa. De vez em quando, esquecerão até de te chamar pra dar um rolê no Alameda.

É como todo mundo diz: CRESCE E APARECE. Veremos.
Vou esperar uns dois anos e 3 meses para aparecer de vez. Ou não, amanhã mesmo eu posso pirar e arranjar um jeito de entrar nas chopadas e festas da vida. Talvez eu decida fazer uma escova no cabelo, comprar aquelas roupas de 400 reais que vendem na Le Lis Blanc e arranjar uma finalidade para elas. Quem sabe alguma coisa de amanhã? Ou de hoje? Mais uma vez: veremos.

Frisando: não quero me fazer de coitada e nem espero que vocês tenham pena de mim. E lembrando: não prometi nada. E é óbvio, há uma pontinha de inveja e recalque no texto, mas que atire a primeira pedra a pessoa hipócrita que nunca sentiu isso.

Beijos e muita visibilidade,
Bebel M.