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sábado, 16 de fevereiro de 2013

Recomeço

Algo que a bicha que vos escreve sempre quis fazer, mas teve preguiça                                                  

Boa tarde, éguas e éguos.

Bom, a bicha que vos escreve sobreviveu à primeira semana de aula (como se fosse algo mortal) e sobreviveu ao carnaval (dormi). Então, resolvi emendar o feriado com o fim de semana e montar um post enquanto não tenho nada pra fazer.


O título é justificado pelo fato de que, depois de uma semana à toa, vou voltar pra escola na segunda. OU SEJA, haverá um recomeço das aulas.
Também poderia ser justificado com uma coisa incrível, impressionante, empolgante e bem loka, como um texto dizendo que mudei, que não sou a mesma e que esse ano vai ser diferentíssimo e agitado pra mim. Póóóórém, prefiro ser sinceríssima e honesta e registrar aqui que eu não fiz wishlist nenhuma, não prometi nada que eu não possa cumprir - até agora (pelo menos a mim mesma) - e que não fiz planos para esse ano.

ALELUIA IRMÕES~~~~

TODO SANTO COMEÇO DE ANO tinha aquela energia de "ano-novo, vida nova". Eu planejava com a que iríamos sair em todos os fins-de-semana, prometia a mim mesma que voltaria a fazer vlog, jurava a Deus que eu seria a aluna mais aplicada da sala, decidia que entraria pra ginástica e que faria inúmeros amigos em cada canto da região central da cidade.

Registrava na minha memória que eu correria atrás dos meus sonhos (olha que brega), que correria atrás do [insira o nome do amado e idolatrado da época aqui] e que falaria todas as verdades do mundo para a [insira o nome de uma desgraçada que adorava causar intriga pra cima de mim] na cara dura. Escrevia no meu diário que eu esperava ser adoradíssima e esperava fechar todos os bimestres. 
Dizia para a minha pessoa que manteria todos os livros didáticos no lugar e que iria a mihares de festas naquele ano. Rezava para São Judas Tadeu (santo das causas impossíveis) e para Santo Antônio (santo do amor/casamenteiro) pedindo motivação para ser vaidosa e parar de me vestir como um moleque e parar de agir como uma doida forçada. Quem sabe, desse modo, eu me tornaria mais legal?


E então, os dias passavam.
Eu nunca cumpria o que prometia ou desejava: minhas notas continuavam ruins, me apaixonava pela pessoa errada (quem sempre), guardava o rancor da filha da puta pra mim e sorria na frente dela, não entrei na ginástica (mentira, demorei e protelei pra cacete, mas entrei faz uma semana hehehehe), nunca tinha uma festa para ir (não tinha e nem tenho identidade falsa; além disso, aparento ser mais nova do que sou, OU SEJA, nunca deu pra ir em festas "compradas"), nunca fazia amigos novos, nunca parei de me vestir como um moleque (apenas mais recentemente é que eu tenho usado umas roupas mais "de moda", como diz a minha mãe), nunca parei de agir como uma doida forçada (isso é verdade mermo) e nunca mantive meus livros didáticos em ordem. Ah, e nunca voltei a fazer vlog.

Sempre fui adepta da "Teoria da Torcida Inversa", cuja eu acabei de dar esse nome. Não é lindo?
Enfim, a teoria consiste no seguinte: eu sei que algo tem grandes chances de dar errado (geralmente dá), e eu tento pensar que realmente vai dar. Entretanto, no fundo, eu tenho uma esperança infinita de que esse algo vai dar certo. Desse modo, eu acho que tudo vai dar certo. Na maioria das vezes, dá tudo errado e eu fico frustrada. Deu pra compreender? Não? De boa.

juro que eu não to de zoa                                                 

Essa situação toda aconteceu durante os últimos 5 ou 6 anos da minha vida (já? Eu estou ficando velha, socorro!), o que me desgastou, me machucou e me frustrou demais. Com 15 anos e 8 meses de vida, tudo pra mim parece virar uma novela. E uma coisa tão boba, como um plano de "um almoço qualquer dia" ou "vamos marcar de sair" gruda na minha mente e não sai. E perder o contato com uma pessoa legal, pra mim, vira motivo de suspiros entre um pensamento e outro. Demora pra passar, mas como tudo passa, uma hora eu esqueço de vez e parto pra próxima surpresa que o destino guarda pra mim.

Por isso tudo, esse ano eu não prometi nada "incumprível" e não fiz planos até agora. Quero deixar tudo rolar de um jeito natural e deixar as coisas encontrarem seus devidos rumos.
Bom, vou ver até onde isso vai dar. É como Chico Buarque cantou naquela música "Até o Fim": um bom futuro é o que jamais (ou pelo menos após os 10 anos) me esperou, mas vou até o fim.

Sejamos otimistas! Não quero usar aquela teoria de novo, mas não prometo que não voltarei a seguí-la. O que me resta é torcer para que as coisas sejam boas, mas sem aquela esperança exagerada.

Beijos e não me liguem a cobrar, seus pobre,
Bebel M.

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