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quarta-feira, 31 de julho de 2013

A inveja

Seu recalque não afeta


Ela tinha 13 anos. Queria ser um fato, queria que todos falassem de sua pessoa. Queria que todos reconhecessem que eram inferiores a ela.
Tentava ter muita pose sem poder.
Tirava onda sem ter.
Morria de vontade de ser diferente sem ser.
Nunca valorizou quem estava ao seu lado e quem queria seu bem, preferia cobiçar os bens alheios, botar olho-gordo, sabe? Costumava arrumar intriga entre as amigas, pra ter vantagem em alguma coisa.

Aos 15, se afastou de todo mundo e resolveu fingir que seguia um estilo diferente, pra tentar se afirmar e aparecer. Achava o máximo parecer má, mas chegava a dar nojo, no máximo; a essa altura, se tornou insuportável.
Seu caráter era dos piores. Insultava sem dó pelas costas e quando estava frente a frente, era nojenta. Disfarçava, mas sempre transparecia um pouco de sua amargura e sua cobiça.

Em seu último ano na convivência das ex-amigas, se mostrou desprezível. Resolveu forçar a barra pra pagar de culta. Brigava com todos os colegas e se achava superior. 

Hoje, tanto fez pra tentar se mostrar diferente que ficou igual. Não tem mais graça e nem surpresa. Ela sumiu e nenhum de seus ex-colegas lembram dela do jeito que ela gostaria de ser lembrada. As recordações são as piores.
E quando se pergunta sobre sua pessoa, a resposta sempre é "não sei, não quero saber e tenho pena de quem sabe"


terça-feira, 23 de julho de 2013

Arrependimento (a carta sem destinatário)




Eu não devia ter falado aquelas coisas na tua cara, pra assumir aquela clássica pose de menina sem apego que dá a volta por cima (ainda que eu não tivesse grandes coisas para "dar a volta por cima"). 

 Eu devia ter falado pra ti tudo o que eu sentia antes de toda aquela confusão. Devia ter contado no primeiro dia em que eu soube o que eu sentia por ti. 

 Eu deveria ter despejado todas as verdades do mundo na sua cara na primeira oportunidade. Todos tinham algo contra você e eu estive a um passo de te contar isso, mas como Deus escreve certo por linhas tortas, tudo se resolveu quando minha raiva passou. 

 Eu devia ter feito o que tinha que ser feito assim que tive um pouco de coragem. Mas entenda, eu tinha (tenho) medo de ser mal-interpretada. 

Deveria ter te abandonado depois de tudo o que você fez sem sequer pedir desculpas para mim e para os outros. Quando eu consegui te falar tudo, você teve o que merecia; espero que tenha aprendido com isso tudo. 

 Eu tinha que enfrentar meu medo e dizer pra você o que eu queria (e quero), sem medo de ser julgada por ninguém. Mas me desculpe se eu sou medrosa! 

 Tinha que ter sido mais criativa para puxar assunto com você, porque sei de todo esse teu bloqueio. Me contaram que você também tem medos.

Eu queria ter sido mais próxima, mais presente. Porém (sem querer ser pessimista), NUNCA ia dar certo, ainda que não fosse nada demais.

 Devia ter pulado fora o quanto antes. Eu me prendia em algo que todos já sabiam que não daria em nada. Até eu sabia, mas negava.

Você foi meu erro mais patético, porque foi um "erro que não aconteceu". Não acredito até hoje que você (tentou) surgir do nada e depois sumiu sem motivo aparente. E foge de mim - chega a ser hilário. Assuma-se, todos já sabem do que você REALMENTE gosta... 

 Tu é mais um que se esconde atrás do armário. Com você, me arrependo de não ter te ajudado a se abrir para o mundo. 

Você é meu anjo, muitas vezes. Ainda que eu não nos falemos muito, sei que sempre estaremos presentes um na vida do outro. És necessário.

 Por último, me arrependo de ter sido tão dura comigo algumas vezes. No caso, de me censurar, calar, repreender ou coisa do gênero. Mas o grito foi dado; as coisas estão mudando (como sempre) e carrego a única certeza de que serei essa indefinida pro resto da vida. Nasci assim.  

Bebel M.

segunda-feira, 22 de julho de 2013

3 ANOS


Oi? Alguém ainda lê aqui?
Não, porque a GÊNEA resolveu mudar o nome do site há alguns meses e os 3 leitores que eu tinha se perderam e largaram tudo. Voltei com o nome antigo após admitir para mim mesma que tive uma idéia de jerico.

Sim, não tenho postado NADA desde maio. Podia continuar assim, para a alegria dos haters (sim, tem gente que de vez em nunca desperdiça tempo apenas pra me criticar negativamente), mas não: HOJE O BLOG COMPLETA 3 ANOS, CARAI!

Me lembro daquele 21 de Julho tedioso em 2010. Eu não tinha NADA pra fazer, pois todas as minhas amigas tinham viajado ou tinham coisas melhores pra fazer do que ficar de moletom jogando Pokémon Crystal.
Eu tinha 13 anos e tinha menos noção do que hoje em dia. Eu estava num tédio profundo e disposta a fazer qualquer coisa pra sair daquela situação, então eu fiz o que todo mundo faria: um blog. TCHÃNS!

Tinha um problema...eu não sabia sobre o quê escrever os posts. Resolvi então montar um blog pessoal, mas que misturasse assuntos aleatórios. Ok, tudo desinteressante, mas o que valia era a empolgação.
O primeiro nome do blog foi "Fun House", sob o domínio "purdimais.blogspot.com", que eu inventei com muito sono e adaptando a expressão "por demais" ao jeito que eu a pronunciava. Faz sentido? Não.

Acho que aos 13 anos a gente não bate muito bem...eu tinha umas ideias muito tortas, usava umas flores e laços no cabelo que atualmente eu não usaria nem a pau e tinha um talento nato pra falar besteira no Twitter. Bom, não parei de falar besteira no Twitter, mas agora sou light: só falo mal do PPS e do PSDB.

Pois bem, agora tenho 16 anos e tenho matérias pra estudar e uma vida pra pensar um pouco, pra tentar refletir sobre um trilhão de coisas. Não tenho tantas responsabilidades, mas com certeza possuo mais do que há 3 anos atrás.

Bom, vou voltar pra rotina de férias (sono). Parabéns pra esse blog insolente, porém amável.
Beijos e que venham mais 3 anos,
Bebel M.